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22/02/2020

Este ano vou batizar meu filho! - Pr. Pedro R. Artigas

Este ano vou batizar meu filho! - Pr. Pedro R. Artigas

Este ano vou batizar meu filho!

Pr. Pedro R. Artigas

 

Esta frase “este ano vou batizar meu filho”, foi falada por uma atriz que afirmou  que levaria seu filho para seu primeiro carnaval, como também outra atriz vestiu sua filha de 1 ano de sushi, preparando-a para o carnaval, apesar de tenra idade.

Estas duas mães preocupadíssimas em apresentar seus filhos ao mundo mundano de uma festa carnal que nada tem de bom para oferecer aos pequenos, senão sensualidade, bebidas e orgias. A humanidade tão tecnológica e tão avançada, retrocede aos tempos das festas de Baco, deus romano e grego, que dirigia as famosas festas chamadas de bacanais, onde a bebida e o sexo eram seus regentes máximos. Daí surge o nosso chamado carnaval, considerado como festa popular (sic).

A frase “vou batizar meu filho” quer dizer com todas as letras que esta mãe irá arrolar seu filho como membro desta orgia premeditada. Pois batismo anuncia ao mundo todo e principalmente ao espiritual que aquele jovem ser está adentrando e inscrevendo seu nome nessas hostes.

E ao ler isso me veio à memória o texto do Evangelista Lucas no capítulo 2, versículo 22 e 23: “E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor)”. Cumpriu-se os dias da purificação, ou seja, os primeiros 40 dias após o parto que a mulher deveria guardar, e que em tempos atrás chamava-se de resguardo.

Maria e José então saem de Belém onde estiveram durante esses dias e viajam até Jerusalém para cumprir a Lei, apresentar a Jesus no Templo ao Senhor. Esse ato tão significativo, eu presenciei aqui em nossa cidade na Igreja Matriz em dezembro quando o Padre Elias fez perante toda Congregação a apresentação de um bebê, cena emocionante e bela. Ao elevar aquela criança aos céus e o apresentarem ao Criador, o Padre e seus genitores estavam afirmando que aquele filho estava sendo consagrado ao Senhor e eles pais dariam todo exemplo e ensino para ela. Diferente ao “batismo” em uma festa profana.

Se continuarmos a leitura deste capítulo do Evangelista veremos mais a frente nos versículos 40 a 42: “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa;E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa”.

Aqui Lucas diz “todos os anos iam seus pais....”, isto informa que Maria e José desde a tenra idade educavam a Jesus levando-o a Sinagoga de Nazaré onde moravam, e que ao chegar a festa da Páscoa peregrinavam até Jerusalém para comemorarem ali com todos os outros parentes e amigos a grandiosa festa.

Outra expressão digna de reflexão é “e o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria...” estarão nossos filhos hoje sendo criados fortalecidos no espírito e cheios de sabedoria? Ou a sabedoria que eles estão aprendendo é a do mundo? Nossa frequência à casa do Senhor, nosso compromisso com a obra do Senhor, nosso exemplo em casa, no trabalho e em todos os lugares, iram formar o caráter e a personalidade desses nossos filhos, pois os exemplos serão os nossos de pais, e não os do mundo exterior que nada de bom pode ensinar.

Em meus longos anos de sacerdócio ouvi muitas vezes: “é bom que meus filhos frequentem a igreja, para aprenderem boas coisas”, e quando eu perguntava e vocês pais porque não frequentam? A resposta invariavelmente era “ah pastor, não tenho tempo, e depois já sou adulto, voltarei a me preocupar quando for velho”.

A frase de Lucas parece que perdeu o sentido para muitas famílias:“todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa”, em outras palavras, Maria e José estavam sempre junto com seus filhos entre eles Jesus, pois participavam da vida dos filhos, e a viagem de Nazaré para Jerusalém, em lombo de jumento a passo de criança, dava tempo para muitas conversas, aconselhamento e brincadeiras.

É pois, nesse ambiente que Jesus crescia em estatura e se fortalecia em espírito, pois o exemplo estava dentro de casa. E deveria ser assim ainda hoje, quando nós pais trabalhamos a semana inteira, e somente temos os finais de semana para interagir com nossos pequenos. Mas esses momentos podem e devem ser intensos e ir à igreja deve estar incluído. 

A oração antes do alimento, a conversa sadia, o não mentir, e não se drogar em casa (fumo e álcool), precisam urgentemente fazer parte da rotina do lar. E agora nestes dias que temos pela frente pode ser um bom momento de exercitar esses rituais de vida no lar na presença do Senhor. Pense nisso pais, e tenham filhos diferentes que mostrem ao mundo um novo caráter e novo compromisso. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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