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Brasil

19/12/2016

Médicos não conseguem tirar agulhas da cabeça de bebê vítima de ritual

Médicos não conseguem tirar agulhas da cabeça de bebê vítima de ritual

O bebê de 3 meses, que supostamente foi vítima de um ritual religioso autorizado pelos pais, está internado há seis dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km da capital. No ritual, três agulhas de metal foram colocadas na cabeça do bebê e uma agulha no abdômen. Um novo boletim médico foi divulgado nesta segunda-feira (19).

Quatro pessoas foram presas pelos maus-tratos, entre elas o pai do bebê. A família mora em São Pedro da Cipa, a 149 km de Cuiabá. A mãe da criança, que tem 17 anos, foi a quinta responsabilizada e acabou detida na semana passada.


De acordo com os médicos da Santa Casa, a menina foi submetida a uma segunda cirurgia na sexta-feira (16), para drenagem e uma nova tentativa de se retirar as agulhas.


Porém, o procedimento não teve sucesso por conta de risco de sangramento e lesão no cérebro do bebê. A menina está respirando sem ajuda de aparelhos, recebe alimentação e passa por uma observação rigorosa da equipe médica. O bebê está sob a guarda do Conselho Tutelar.

O caso
O Conselho Tutelar recebeu denúncia da equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara, a 148 km de Cuiabá, sobre suspeita de maus-tratos contra uma menina que deu entrada na unidade. O bebê chorava muito e apresentando hematomas no couro cabeludo. No relatório médico da paciente constava ainda que, há duas semanas, a vítima já havia estado no mesmo hospital apresentando cortes nos pés.

O bebê de três meses teve as agulhas inseridas na região do tórax e na cabeça. De acordo com o delegado que investiga o caso, Marcelo Melo de Laet, todos os suspeitos negaram participação no suposto ritual. Ele alega, porém, que possui elementos que indicam que o ato ocorreu. Os envolvidos relataram à polícia que estavam “entregando a criança para Deus”.  Segundo o delegado, o crime está sendo tratado como tentativa de homicídio.

Presos
Foram presos Iraci Queiroz dos Santos, de 42 anos, conhecida como Baiana, que teria conduzido o ritual, e Débora Queiroz dos Santos e Ricardo César dos Santos, filha e genro de Iraci, que são vizinhos da suspeita e também teriam participado do ato. Todos estão presos por mandado de prisão temporária, de 30 dias.


A mãe do bebê, que está grávida de oito meses, vai responder a ato infracional análogo a tentativa de homicídio e foi encaminhada ao Complexo do Pomeri, em Cuiabá. Além dela, a polícia também prendeu o pai da vítima, Wellinton de Jesus Costa, de 28 anos, que é suspeito de receber o valor de R$ 250 para submeter a filha ao ritual. Ele deve ser encaminhado para a Cadeia Pública de Jaciara, a 148 km da capital.

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL / G1

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