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Paraná

20/08/2020

Crea-PR monitora manutenções preventivas em hospitais e clínicas no Oeste do Estado

Crea-PR monitora manutenções preventivas em hospitais e clínicas no Oeste do Estado

A Covid-19 forçou o isolamento social. Muitas atividades foram paralisadas, especialmente as consideradas não essenciais. Em outro extremo estão as instituições de saúde, especialmente os hospitais, que estão operando com sua máxima capacidade.

Para evitar a interrupção do atendimento decorrente de falhas nos equipamentos é preciso estar com o cronograma de manutenções em dia. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) tem a responsabilidade de fiscalizar se os aparelhos, eletrônicos ou mecânicos, estão sob manutenção de empresas que contam com a presença de responsável técnico habilitado e o devido registro.

Na Regional Cascavel do Crea-PR, que contempla 51 municípios do Oeste do Estado, os fiscais seguem monitorando as atividades no setor odonto-médico-hospitalar, além das manutenções em agroindústrias, indústrias e demais empreendimentos, nos quais as Engenharias, a Agronomia e as Geociências estão presentes. As atuações dos profissionais de Engenharia são acompanhadas a partir de dados públicos e dos registros das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), relacionadas ao setor. Na região Oeste, 21 empresas estão habilitadas para a prestação de serviços em hospitais e clínicas.

Com relação à emissão de ARTs no Paraná, de janeiro de 2019 até abril deste ano foram emitidas 1.918 Anotações de Responsabilidade Técnica de serviços em hospitais e clínicas.  Só na região Oeste são 846 profissionais da Engenharia Elétrica habilitados no Crea-PR para a prestação dos serviços odonto-médico-hospitalares e 697 nas áreas de Engenharia Mecânica e Metalúrgica. Os demais profissionais registrados no Conselho que também podem realizar serviços em hospitais são das modalidades de Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia Civil, Engenharia Química, Agronomia, Agrimensura, Geólogos e Engenheiro de Minas, cada um nas suas respectivas áreas de atuação.

A ART é o instrumento de definição dos responsáveis técnicos de uma obra ou serviço de Engenharia e identifica de forma legal, objetiva e rastreável que o trabalho foi planejado e executado por um ou mais profissionais legalmente habilitados pelo Crea e que cabe exclusivamente a este, ou a estes profissionais, a atuação técnica pela entrega final, sem prejuízo às responsabilidades cíveis e criminais caso ocorram. Sendo assim, com o documento, ficam assegurados os direitos e as obrigações entre profissionais do Sistema Confea/Crea e contratantes de seus serviços técnicos.

O Engenheiro Eletricista Vanio da Maia, tem uma empresa de manutenção de equipamentos médicos hospitalares e presta serviços de manutenções em diversos municípios da região Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná.  São 15 anos de experiência na área. As manutenções realizadas em hospitais e clínicas podem ser preditivas, preventivas e corretivas. “Nós trabalhamos com cronograma de manutenções preventivas pra tentar diminuir as corretivas, assim agendamos as interrupções e reduzimos desmontagens desnecessárias”, afirma.

Ainda segundo Maia, neste período de pandemia a demanda pelos serviços aumentou. “Como o Governo Federal comprou toda produção de ventiladores e monitores das poucas indústrias nacionais, não sobrou equipamentos para a revenda, por isso tivemos que consertar muitos aparelhos que estavam abandonados nos hospitais e clínicas. A procura pela manutenção foi muito forte logo no começo da pandemia. Havia uma grande demanda por esses equipamentos, mas não havia produtos disponíveis no mercado”, lembra o empresário e Engenheiro Eletricista, ressaltando ainda a importância das empresas de manutenção possuírem todos os Analisadores e Simuladores Calibrados e Rastreados para a correta manutenção dos equipamentos odonto-médico-hospitalares.

Sobre as atribuições dos profissionais da Engenharia Mecânica no ambiente hospitalar estão as análises, medições e inspeções em linhas de gases medicinais, como linhas de oxigênio, ar comprimido e unidade de vácuo, assim como nas usinas hospitalares de oxigênio (NBR12188). “Outra atividade fica por conta do sistema de climatização, que deve atender a norma NBR7265, assim como conceitos da norma RDC 50 da ANVISA”, explica o Engenheiro Mecânico e Inspetor do Crea-PR, Roberson Parizotto.

Profissionais de Engenharia Clínica não entram nas UTIs para a manutenção dos equipamentos e, se caso exista essa necessidade, eles devem utilizar todos os EPIs recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Crea-PR alerta que tanto a instalação quanto a manutenção dos equipamentos deve ser feita por empresas especializadas, com profissionais capacitados que atuam para o funcionamento correto dos aparelhos, buscando a segurança dos pacientes e das equipes. “O monitoramento para verificar se os equipamentos odonto-médico-hospitalares estão sendo supervisionados por profissionais devidamente habilitados, continua sendo feito pelos fiscais do Conselho. Mas é importante que os gestores de clínicas e hospitais mantenham o cronograma de manutenções para garantir o pleno funcionamento dos equipamentos, para evitar interrupções imprevistas”, alerta o gerente regional do Crea-PR em Cascavel, Engenheiro Civil Geraldo Canci.

 

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Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | CREA/PR

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