Marta e Maria: duas irmãs, duas atitudes - Pr. Pedro R. Artigas
Pr. Pedro R. Artigas
Lendo a revista Inter denominacional ULTIMATUM na internet deparei-me com o estudo da Profa. Odila Braga de Oliveira, publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Gente Que Fez”, da série Biografias, que é muito interessante pelo aspecto que trás da narrativa bíblica a respeito dessas duas irmãs. Vou transcreve-lo na integra em duas semanas como ele foi publicado.
Texto Básico: Lucas 10.38-42 João 11.1-45
Texto devocional: João 12.1-8
Versículo chave: João 11.27
Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo
Alvo da lição:
Considerar o contraste entre Maria e Marta e avaliar as suas próprias relações.
Introdução
Betânia era uma cidadezinha, ou melhor, um povoado, bem perto de Jerusalém. O Senhor ia sempre lá porque havia uma casa aberta para Ele. Ali Jesus passou os últimos momentos de tranquilidade e paz de Sua vida, ao lado de Seus grandes amigos: Marta, Maria e Lázaro.
São lindos os quadros inspirados por essa família, registrados nas páginas da Bíblia.
I. A visita de Jesus (Lucas 10.38-42)
O primeiro quadro nos mostra Jesus chegando a Betânia, e Marta trazendo-O para hospedar-Se em sua casa. Ela apreciava muito o Mestre. Era hospitaleira e considerava uma honra receber o Senhor como hóspede.
Essa foi uma atitude correta de Marta. O escritor da carta aos hebreus recomenda que sejamos hospitaleiros, pois alguns, fazendo isso, hospedaram anjos. Marta hospedou o Filho de Deus, o Salvador! Hoje, Jesus bate à porta do nosso coração e diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo” (Apocalipse 3.20).
1. A escolha de Marta
Marta fez tudo para oferecer uma boa acolhida ao seu hóspede. Era uma visita muito importante e merecia o melhor. Assim, ela se esmerou para apresentar-lhe uma calorosa recepção. Enquanto realizava um serviço, pensava em mais outro … mais outro … e foi ficando desanimada, inquieta, irritada, e começou a murmurar. O seu trabalho de amor estava se tornando uma tarefa pesada demais!
Aplicação
Esse é um alerta para nós. Não podemos deixar que isso aconteça conosco. Precisamos recusar o desânimo. Tudo que fazemos para o Senhor deve ser contado como alegria.
2. A escolha de Maria
Enquanto Marta se fatigava na labuta caseira, Maria, sua irmã, assentada aos pés de Jesus, totalmente absorta, ouvia os Seus ensinos. Bebia cada uma de Suas palavras. Ela sabia que o serviço era coisa secundária. Ela não podia perder a oportunidade de prestar adoração ao Mestre e receber Dele os ensinamentos.
3. A perda de Marta
Marta não podia saborear os ensinos de Jesus, pois estava muito preocupada com pormenores e coisas secundárias. Ela começou a se considerar vítima, e passou a acusar a irmã diante do hóspede amado. Sua irritação era tão grande que ela incluiu Jesus na acusação: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha?” E foi além, atrevendo-se a dar ordens ao Mestre: “Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me” (Lucas 10.40).
Então, a voz do Mestre se fez ouvir: “Marta! Marta! andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só cousa” (Lucas 10.41-42).
Essas poucas palavras continham sérias advertências:
a. Marta estava misturando o prioritário com o secundário;
b. Marta estava perdendo tempo com coisas de pouca importância;
c. Marta não compreendia que Cristo veio para servir e não para ser servido;
d. Marta não percebia que Jesus tinha mais interesse na sua pessoa do que no seu serviço.
Essas advertências são dirigidas a nós, hoje.
Há mais uma coisa que devemos notar: precisamos evitar a murmuração. Ela não agrada ao Senhor. Ela não edifica.
4. O lucro de Maria
“Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42). Maria escolheu estar aos pés de Jesus, numa atitude de adoração e como discípula. Ela não precisava ser repreendida, mas sim elogiada, pois havia feito a melhor escolha.
Aplicação
O tempo que passamos com Jesus é sempre muito bem empregado. Precisamos organizar a vida de tal forma e que aprender de Cristo seja o mais importante para nós.
Espero que esta primeira parte possa trazer aos nossos corações a reflexão do ser cristão autentico e suas implicações no mundo atual. Shalon.
Fonte: Pr. Pedro R. Artigas